Tom Jobim dizia que fazer sucesso no Brasil é ofensa pessoal. Eu me lembro uma vez que Jobim cedeu uma música sua para ser usada em uma propaganda da Coca-Cola. Nossa, a intelectualidade de plantão na época caiu de pau. O interessante foi a resposta que Tom Jobim deu a pergunta que fizeram : porque ele tinha feito aquilo? Ele respondeu: precisava da grana. Mas pelo jeito não é só no Brasil não. Há algum tempo li uma matéria na Bravo - bravonline. abril.com.br – onde discutia a arte Damien Hirst, um artista plástico inglês que ficou bilionário. Só para vocês terem uma idéia, o leilão inovador que o artista promoveu com 223 obras, vendendo seus trabalhos diretamente aos consumidores, sem passar pelos marchands foi um verdadeiro sucesso. Segundo a revista, Hirst surpreendeu o mercado ao passar por cima de suas fiéis galerias. A matéria questiona se a arte pode ser tratada como mercadoria. A meu ver é exatamente isto que a arte é. Uma mercadoria. Ok, uma mercadoria diferente, mas ainda assim, uma mercadoria. E como tal, pode ser vendida do jeito que lhe for melhor. Caetano Veloso faz do seu dom, sua arte, mercadoria. Ele vende esta arte e vive dela. Assim como Oscar Neymaier, como Ronaldinho Gaúcho, como o Menino do Tchan, e por aí vai. Damien Hirst é o Paul McCartney das artes plásticas. Será que é o conceito de sua arte ou a fortuna que ele conseguiu fazer que está incomodando tanta gente? Para mim ele é simplesmente do balacobaco. Quem conhece SUMMER sabe do que eu estou falando. É interessante assistir a briga de Hirst com seus críticos. Ver sua indignação. Parece que eu estou vendo qualquer hora ele pegar um quadro seu e sair quebrando por ai. Eu me lembro a primeira vez que fui ao museu do Prado em Madrid. Parei em frente ao quadro Guernica de Picasso e chorei de emoção. Eu se fosse possível, gostaria te ter aquela mercadoria para mim.
sábado, 17 de setembro de 2011
MERCADORIA
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